Videla e os Ministros do Supremo

Tudo bem! O Presidente da República pode escolher quem será o Ministro do Supremo. Os militares fizeram todos. Aliás, escolheram com cuidado o perfil de quem iria se sentar na cadeira da mais alta Corte de Justiça. Os exemplos são históricos. Lula assumiu o governo com a esperança de muitos de nós e fez do STF uma continuidade. Escolheu representantes do continuísmo, do capital, da Igreja, enfim, não se deu conta de como um Judiciário - e a cúpula - causa estragos. Talvez esta minha leitura possa ser romântica. E talvez o seja. Lula fez o que devia fazer porque não assimilou, ainda, que não se pode acovardar frente aos militares. Manteve nomeações de gente alinhada. Marco Aurélio, nomeado pelo parente (notório saber jurídico?), disse que o golpe foi um "mal necessário"!!!! A Argentina fez o dever de casa, assim como outros países. Se Videla fosse julgado pelo nosso Supremo, talvez fosse louvado como um herói. Na Argentina é o que é: confira Chega um ponto na vida que não se pode continuar sendo condescendente, nem tolerante. O Brasil é condenado por um organismo internacional e o Ministro da Defesa - nome melhor não poderia ter aos militares - diz que isto desimporta. Desobediência? Jogo político? Quem sabe Dilma recorde-se da covardia de quem a torturou, das bandeiras que empunhou e nomeie alguém que possa, enfim, cumprir um papel democrático na corte suprema, tomada pelo conservadorismo. Isso porque o Lula nomeou mais da metade. Basta imaginar um Supremo de juristas comprometidos com os Direitos Humanos que todos estaríamos mais tranquilos. A vida é assim: pequenos golpes que se nomeiam, de tanto em tanto, para Cortes de Justiça!